Prevalência de Doença Renal Crônica em pacientes hipertensos acompanhados por uma unidade de saúde em Belém, Pará, Brasil

Sheila Mara Dias, Henrique Guimarães Gomes, Daniel Pantoja Estumano, Juliana Almeida Vieira

Resumo


Objetivo: identificar a prevalência de Insuficiência Renal Crônica dentre os hipertensos acompanhados pela Unidade de Saúde da Família da Pirajá, em Belém-PA. Metodologia: estudo descritivo e quantitativo com 197 pacientes hipertensos, cuja detecção da Insuficiência Renal Crônica foi realizada por meio da equação de Cockcroft-Gault e por meio dos parâmetros do Ministério  da Saúde. Resultados: 58,37% eram mulheres, menos de 50% eram etilistas ou tabagistas e a média de idades foi de 67 anos; 97,96% dos pacientes possuíam algum grau de Insuficiência Renal Crônica, destacando-se o estágio III com 63,10%, embora mais de 30% dos pacientes já apresentavam estágios avançados (estágios IV e V). Conclusão: a prevalência de Insuficiência Renal Crônica dentre os hipertensos foi de 9,7 a cada 10 hipertensos, indicando que a maioria dos hipertensos, cuja maior parcela era constituída por idosos, possuía alguma alteração de taxa de filtração renal. Embora os idosos já estejam propensos a algum grau de Insuficiência Renal Crônica (o que pode ter influenciado na alta prevalência encontrada dentre os hipertensos), mais de 1/4 dos pacientes já apresentavam avançados estágios, necessitando de intervenção imediata.

Palavras-chave


Insuficiência Renal Crônica, Hipertensão, Prevalência.

Referências


- Dutra MC, Uliano EJM, Machado DFGP, Martins T, Trevisol FS, Trevisol DJ. Avaliação da função renal em idosos: um estudo de base populacional. J. Bras. Nefrol. 2014;36(3):297-303.

- Melo WF, Bezerra ALD, Sousa MNA. Perfil epidemiológico de pacientes com Insuficiência Renal Crônica: um estudo quantitativo. Rev. Fainor.2014; 7(2):142-56.

- BRASIL. Portal Brasil. Doença renal crônica atinge 10% da população mundial, 2015. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/saude/2015/03/doenca-renal-cronica-atinge-10-da- populacao-mundial. Acessado em: 23 setembro 2016.

- Sesso RCC, Lopes AA, Thomé FS, Lugon JR, Watanabe Y, Santos DR. Diálise Crônica no Brasil - relatório do Censo Brasileiro de Diálise, 2011. J. Bras. Nefrol. 2012;34(3):272-77. 5- PORTO, C.C. Semiologia médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan LTDA, 2014.

- SOARES, GL, Oliveira EAR, Lima LHO, Formiga LMF, Brito BB. Perfil epidemiológico de pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico: um estudo descritivo. Rev. Mult. Hosp. São Marcos. 2013; 1(1): 1-8.

- Pinho NA, Silva GV, Pierin AMG. Prevalência e fatores associados à doença renal crônica em pacientes internados em um hospital universitário na cidade de São Paulo, SP, Brasil. J. Bras. Nefrol. 2015; 37 (1):91-7.

- Ribeiro IP, Pinherio ALS, Soares ALA, Santos NFM. Perfil epidemiológico dos portadores de insuficiência renal crônica submetidos à terapia hemodialítica. Enferm. Foco. 2014; 5(3/4): 65-69.

- Silva RM, Oliveira DWD, Biscaro PCB, Orti NP, Pinto ACS, Jorge MLR. Inquérito epidemiológico em população idosa (parte II): saúde bucal, ansiedade, depressão, estresse e uso de medicamentos. Sci. Med. 2016; 26(1):ID21980.

- Sociedade Brasileira de Cardiologia. VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq. Bras. Cardiol. 2016; 7 (supl.3): 1-103.

-Shardlow A, McIntyre NJ, Fluck RJ, McIntyre CW, Taal MW, et al. Chronic Kidney Disease in primary care: outcomes after five years in a prospective cohort study. PLOS. Med. 2016 Sep 20;13(9):e1002128.

- Melo AP, Mesquita GV, Monteiro CFS. Diagnóstico precoce da doença renal crônica pela Estratégia Saúde da Família. Rev. Interd. 2013; 6(1): 124-8.

- Pinto E. Blood pressure and ageing. Postgrad. Med. J. 2007; 83 (SN): 109-14.

- Esperandio EM, Espinosa MM, Martins MAS, Guimarães LV, Lopes MAL, Scala LCN. Prevalência e fatores associados à hipertensão arterial em idosos de municípios da Amazônia Legal, MT. Rev. bras. geriatr. gerontol. 2013; 16(3): 481-93.

Prevalência de Doença Renal Crônica em pacientes hipertensos acompanhados por uma unidade de saúde em Belém, Pará, Brasil

Rev. Multiprofissional em Saúde do Hospital São Marcos, Teresina. 2017; 2(1):26-34.

- Zattar LC, Boing AF, Giehl MWC, Orsi E. Prevalência e fatores associados à pressão arterial elevada, seu conhecimento e tratamento em idosos no sul do Brasil. Cad. Saúde. Pública,2013; 29(3):507-521.

- Medronho RA. Epidemiologia. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2008.

- Pereira AC, Caminatti M, Fernandes NMS, Tirapani LS, Faria RS, Grincekov FRS, Magacho EJO, et al. Associação entre fatores de risco clínicos e laboratoriais e progressão da doença renal crônica pré-dialítica. J. Bras. Nefrol. 2012;34(1):68-75.

- Abreu PF, Sesso RCC, Ramos LR. Aspectos renais no idoso. J. Bras. Nefrol. 1998; 20 (2):158-65.

- Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes clínicas para o cuidado ao paciente com Doença Renal Crônica – DRC no Sistema Único de Saúde. Brasília; 2014.

- Machado MC, Pires CGS, Lobão WM. Concepções dos hipertensos sobre os fatores de risco para a doença. Rev. Ciênc. Saúde. Colet. 2012; 17 (5): p.1365-74.

- SALGADO, PPCA, et al. Fisiopatologia da nefropatia diabética. Rev. Med. Minas. Gerais. 2004; 14 (3): 180-5.

- Bastos MG, Kirsztajn GM. Doença renal crônica: importância do diagnóstico precoce, encaminhamento imediato e abordagem interdisciplinar estruturada para melhora do desfecho em pacientes ainda não submetidos à diálise. J. Bras. Nefrol. 2011; 33(1): 93-108.

- Reiners AAO, Azevedo RCS, Vieira MA, Arruda ALG. Produção bibliográfica sobre adesão/não-adesão de pessoas ao tratamento de saúde. Ciênc. Saúde. Coletiva. 2008; 13(Sup 2):2299-306.


Texto completo: PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.